Rodovias Verdes

BARREIRAS ACÚSTICAS EM RODOVIAS       

O ruído de tráfego é parte indissociável de uma grande rodovia e, quando em níveis elevados, pode gerar vários transtornos, tanto de caráter ambiental quanto antropológico. No Brasil, em especial, as grandes rodovias foram construídas antes de se ter uma maior preocupação com o meio ambiente, além de ter havido crescimento e ocupação populacional desordenada no entorno destas vias, o que agrava a situação do ruído.

          Entre possíveis efeitos negativos gerados pela presença de ruídos excessivos estão: danos à saúde da população circundante e queda na qualidade de vida, dificuldades na comunicação, redução nos valores imobiliários e estagnação do crescimento econômico associado à resistência do público à expansão da estrada.

             Uma solução encontrada visando minimizar o problema do ruído urbano é a da aplicação de barreiras acústicas nas laterais de grandes rodovias, estando presentes, por exemplo, em rodovias que atravessam áreas residenciais na Europa, nos Estados Unidos, na Austrália e Japão, entre outros grandes centros. Apesar de ser uma solução encontrada, deve ser bem estudada para que realmente tenha efeito na região em que será aplicada; em muitos casos há a necessidade de não se fazer apenas uma barreira, mas um túnel de contenção de ruídos, bem como associar a barreira com pavimentos especiais (silenciosos) para um melhor desempenho.

Imagens de Barreiras Acústicas: Barreira Acústica (1), Barreira Acústica (2), Barreira Acústica (3), Barreira Acústica (4), Barreira Acústica (5), Túnel Acústico.

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RODOVIAS AMIGÁVEIS À FAUNA

                O impacto que uma rodovia causa na fauna local é uma questão importante a ser considerada na fase de projeto. Com a invasão cada vez maior de áreas antes rurais ou de florestas, os animais ficam mais suscetíveis a sofrer acidentes em decorrência da presença de veículos em seu habitat natural, o que acarreta um aumento na taxa de mortalidade dessas populações.

                Tendo em vista essa situação, várias técnicas têm surgido no intuito de mitigar os impactos dos sistemas de transporte sobre os movimentos de animais selvagens, dentre elas a construção de ecodutos e travessias sobre as rodovias.

 Imagens de rodovias amigas à fauna:  Highway A20 – Alemanha, Bakff National Park – Canadá,  Higway A50 – Holanda, Passagem para Caranguejos – Austrália.

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PAVIMENTOS FOTOCATALÍTICOS

             A poluição do ar é um dos temas em voga na atualidade e a grande circulação de automóveis faz com que essa questão se agrave em um ritmo acelerado.  Com a Revolução Industrial a poluição atmosférica cresceu bastante, em decorrência do uso de combustíveis fósseis como fonte de energia em larga escala, que aumenta ano a ano. Com a grande divulgação pelos diversos meios de comunicação, a conscientização em torno do tema chama a atenção, fazendo com que uma série de programas e regulamentações sejam implementadas na tentativa de reduzir a poluição ambiental.

                Quimicamente falando, as substâncias causadoras da poluição atmosférica são, principalmente, o óxido de nitrogênio (NO), o dióxido de nitrogênio (NO2) e o monóxido de carbono (CO), resultantes da combustão em centrais elétricas, automóveis, caminhões e ônibus.

                Atualmente um dos métodos mais modernos empregados no combate à poluição do ar em grandes cidades (Omia, Bruxelas, Antuérpia, Paris, Bergamo, Hong Kong, etc.) e foco de vários estudos é a oxidação fotocatalítica avançada, que usa semicondutores no tratamento da poluição do ar. Podem-se citar como semicondutores inorgânicos o TiO2, o ZnO e o CdS, entre outros. Muitos estudos demonstram que o uso de dióxido de titânio (TiO2) é uma tecnologia promissora, podendo agir como um catalisador para a fotodegradação dos óxidos de nitrogênio (NOx), podendo reduzir a poluição ambiental.

Imagens de Pavimentos Fotocatalíticos: Pavimento Fotocatalítico (1),  Pavimento Fotocatalítico (2),  Pavimento Fotocatalítico (3),  Pavimento Fotocatalítico (4),  Pavimento Fotocatalítico (5).

 

 PAVIMENTOS DRENANTES

                A presença de pavimentos impermeáveis na grande maioria das rodovias hoje construídas é uma barreira ao tráfego seguro em dias de chuva e locais com enchentes regulares. Em condições climáticas desfavoráveis há a necessidade de se prestar mais atenção ao estado da superfície das rodovias, em especial as que apresentam grande volume de tráfego, às quais são exigidos melhores padrões de segurança e conforto em quaisquer condições de clima (AIPCR, 1991 – modificado).

                Pavimentos permeáveis são definidos como aqueles que possuem espaços livres na sua estrutura por onde a água pode atravessar (FERGUSON, 2005), sendo considerados um dos sistemas de drenagem urbana sustentável por controlarem a quantidade de água na fonte geradora e proporcionarem uma melhora na qualidade desta.  O pavimento drenante é um concreto asfáltico desenvolvido visando maximizar a eliminação de água retida sobre o pavimento rodoviário, buscando melhorar o conforto e a segurança sem, contudo, afastar-se dos padrões de qualidade estrutural. Esta camada permeável é assentada em cima da camada estrutural impermeável e vem sendo utilizada em muitos países da Europa, nos Estados Unidos, no Japão, entre outros.

Imagens de Pavimento Drenantes: Pavimento Drenante (1), Pavimento Drenante (2), Pavimento Drenante (3), Pavimento Drenante (4).

 

IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS CICLOVIÁRIOS

                A utilização de bicicletas como meio de transporte (e não somente como uma atividade de lazer) vem crescendo gradativamente nos últimos tempos. Veículo silencioso, eco-friendly e que traz benefícios significativos para seus usuários, as bicicletas estão se integrando dia-a-dia às cidades e se faz necessária uma discussão sobre como essa relação irá acontecer.

                A implementação de ciclovias, ou ciclofaixas, deve ser pensada com cautela, sempre visando integrar a bicicleta com o trânsito de outros veículos e de pessoas. Há de se levar em consideração também em que lugares pode ser construída uma via específica para esse veículo, que não atrapalhe o trânsito já existente e que permita o desenvolvimento de outras áreas relacionadas, como por exemplo: aumento do turismo, lazer, prática esportiva, etc.

Imagens de Sistemas Cicloviários: Ciclovia (1),  Ciclovia (2), Ciclofaixa.

           

 PAVIMENTOS FRIOS (COOL PAVEMENTS)

          A grande maioria das rodovias urbanas e interurbanas são pavimentadas. Em cidades como Chicago, Houston, Sacramento e Salt Lake City, nos EUA, onde há concentração urbana mais intensa e, consequentemente, maior tráfego de veículos, foi-se observado que os pavimentos têm importantes efeitos no meio-ambiente, contribuindo com um aumento na massa de calor urbano (microclima). No intuito de diminuir o calor, ou amenizar seus efeitos na região desejada, o desempenho térmico dos pavimentos constitui-se num importante objeto de estudo.

          A implantação de pavimentos frios se dá no intuito de diminuir seus efeitos nas ilhas de calor, contribuindo de forma significativa na melhora do microclima, do conforto, na qualidade de vida, na qualidade do ar e na diminuição do consumo de energia. Dessa forma, os pavimentos frios podem ser considerados um componente em programas de pavimentos sustentáveis, ou uma “infraestrutura de transporte verde”.

        O princípio básico dos pavimentos frios é o de reduzir a quantidade de calor transmitido de volta para a atmosfera, diminuindo a quantidade de calor armazenada no interior dos materiais do pavimento devido à radiação infravermelha solar e atmosférica. Essa redução da temperatura da superfície pode chegar a até 10°C ou mais em pleno verão, em comparação com as técnicas de pavimentação em geral.

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